11.3.09

FRAGMENTOS DO LIVRO APOLOGÉTICA NO DIÁLOGO por Vincent Cheung

Estes pequenos parágrafos que compõem o livro de Vincent Cheung tornam-se um breve resumo sobre a ótica correta protestante quando o assunto é apologética. Muitas vezes esquecemos que estamos num mundo hostil rodeados de inimigos de Deus, por mais que se pareçam amigáveis numa conversação. Este livro nos faz abrir os olhos e rever a ótica correta, a cosmovisão bíblica para o debate. Equipe-se adquirindo o livro clicando aqui.


FRAGMENTOS DO LIVRO:

A Escritura nos diz o que Deus percebe quando ele olha além da aparência. Quando Deus olha para elas [pessoas ímpias], ele não vê um grupo de cavalheiros civilizados e educados, mas vê uma geração de víboras, bestas ignorantes, mulas teimosas e cães depravados. Ele vê um grupo de idiotas, idólatras e inimigos de Deus.


Todos os seres humanos nascem como pecadores e rebeldes; e porque todos os incrédulos nunca foram convertidos a Deus, eles permanecem como pecadores e rebeldes, não importando quão sinceros e corteses eles parecem para você.


Nós admitimos livremente que éramos tão estúpidos e perversos como nossos oponentes não-cristãos, mas isso não muda o fato de que eles são, realmente, estúpidos e perversos, que a aparência deles é superficial, e que o discurso gentil deles é insincero.


Quando um incrédulo reivindica buscar entendimento sobre nossa fé, ou mesmo quando ele reivindica buscar salvação por meio de Cristo, e mesmo que Deus no final o regenere e converta, enquanto ele ainda for um incrédulo e não-regenerado naquele momento, naquele momento, então, ele ainda é interiormente insincero e espiritualmente hostil.

Em outras palavras, porque um incrédulo ainda é internamente rebelde para com Deus, mesmo quando ele parece sinceramente inquirir sobre sua fé, sempre há segundas intenções perversas. Certamente, se Deus o escolheu para salvação, então pode ser que Deus ordenou a ocasião para convertê-lo. Sua conversão ainda seria um resultado da graça soberana de Deus, na ocasião de sua inquirição, e a despeito de seu mau motivo. O próprio não-cristão pode estar enganado, e ele pensa que está fazendo perguntas honestas a partir de um motivo sincero de entender; contudo, enquanto ele permanecer como não-convertido, ele estará inquirindo a partir do orgulho, rebelião e egoísmo, e permanece um inimigo e desprezador de Deus.

Jesus disse que quem não é com ele é contra ele; portanto, se você está do lado de Cristo, todos os não-cristãos estão do lado oposto, contra você e o seu Senhor.

Embora possamos ter relacionamentos amigáveis com não-cristãos num nível superficial, a Escritura insiste que estamos em guerra com eles num nível espiritual. Assim, quando você fala a um incrédulo sobre sua fé, não considere isso como um exemplo de dois seres humanos buscando juntos a verdade. Você já tem a verdade – você está explicando-a e defendendo-a, quando o incrédulo está resistindo-a, desafiando-a, e, com frequência, até mesmo blasfemando-a. Quer ele use um comportamento amigável ou hostil é de importância apenas superficial. Enquanto ele for um incrédulo, ele está desafiando o seu Deus, e não é o seu dever ser indiferente ou imparcial sobre isso; antes, você deve colocar seu zelo pela honra de Deus muito acima de sua preocupação e simpatia pelo incrédulo. A empatia antropocêntrica deve ser totalmente descartada. Deus vê a situação como guerra; portanto, você deve vê-la como guerra também. Falhar em ver nossa situação como Deus a vê é desafiar ao próprio Deus e reprimir a apologética.

Contrário ao que muitos parecem pensar, “xingar” não é sempre uma falácia informal. Se o nome ou rótulo depreciativo aparece no contexto de um argumento válido, e é o resultado desse argumento, então o nome ou rótulo é, de fato, uma conclusão lógica, não uma falácia informal. Por exemplo, eu tenho um direito perfeitamente racional de chamar um ateu de “idiota” se eu puder fornecer a justificação racional para aplicar essa palavra ao ateu, ou se ela vem no final de um argumento sólido. Simplesmente porque algumas pessoas não gostam dessa conclusão lógica não faz dela uma falácia; antes, protestar contra ela sem justificação lógica é em si mesmo uma falácia. Para alguém cometer uma falácia de xingamento, ele deve cometer algum erro lógico em sua aplicação do nome ou rótulo. Isso vale para cristãos e não-cristãos. Se a pessoa que aplica o nome ou rótulo pode mostrar logicamente que isso se ajusta ao seu oponente, então o mesmo não pode ser uma falácia, não importa quão insultante o nome soe. Também, se a aplicação do nome ou rótulo é, de fato, parte da cosmovisão da pessoa, então ela deve ter a permissão de expressá-lo assim como tem a permissão de expressar qualquer parte de sua cosmovisão durante o curso do debate, de modo que suas crenças possam ser discutidas e examinadas, e para que ela possa chamar seus oponentes precisamente do que ela afirma e deseja defender.